O Dia da Pizza

Blog A Chef em Casa

No dia 10 de julho comemoramos o Dia da Pizza, uma verdadeira instituição para a maioria dos brasileiros.

E se você também não vive sem essa delícia que chegou ao país pelas mãos dos imigrantes italianos e acha que não tem melhor lugar para comemorações do que uma boa pizzaria, você com certeza vai gostar deste post. Confira!

Pizza: uma paixão sem fronteiras

Opções de lugares para comer, ou pedir, uma bela pizza não falta. Só no Brasil, existem cerca de 50 mil pizzarias, formais e informais, e metade delas fica no Estado de São Paulo.

Em seguida os estados que mais possuem pizzarias são: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia.

Os sábados são os dias preferidos no mundo inteiro das pessoas pedirem pizza, segundo uma pesquisa realizada pela ECD Food Service, empresa especializada em informações sobre o mercado de serviço de alimentação.

Segundo o mesmo estudo, o ranking dos países que mais comem pizza fica com os Estados Unidos em primeiro lugar (95% dos americanos comem pizza regularmente), em seguida vem os brasileiros, que consomem cerca de 1,7 milhões de pizzas no ano, em terceiro os franceses que comem em média 5 quilos de pizza por ano, a Itália em quarto e em quinto pela Austrália.

Como se vê pelos números, a pizza é realmente uma paixão brasileira. E olha que ela só chegou por aqui no século 19, com os primeiros imigrantes italianos que desembarcaram no litoral de São Paulo e até 1950 este prato se restringia mais aos círculos italianos.

A origem da pizza

A pizza nada mais é do que um disco de massa, regado com molho de tomates e coberto com ingredientes variados, como queijo, carnes, ervas e até mesmo ingredientes doces.

Porém, a pizza, da forma como conhecemos hoje, surgiu no século XVI, quando os tomates, vindos da América, foram introduzidos na culinária européia. Ela era considerada um alimento dos pobres do sul da Itália, já que era preparada com ingredientes baratos.

No entanto, muitos estudiosos acreditam que três séculos antes de Cristo, os fenícios já costumavam acrescentar ao pão coberturas de carne e cebola. A mistura também foi adotada pelos turcos, que preferiam cobertura à base de carne de carneiro e iogurte fresco.

No período das Cruzadas, no século 11, o pão turco foi levado para o porto de Nápoles e os napolitanos gostaram tanto da ideia que começaram a aperfeiçoá-la, usando trigo de boa qualidade na massa e coberturas variadas, e especialmente, utilizando o queijo.
Mas a pizza ainda não havia caído no gosto dos nobres e burgueses. Isso só aconteceu em 1889, quando o Rei Humberto e a Rainha Margherita visitaram a cidade de Nápoles pela primeira vez. Nessa ocasião, foi chamado o famoso cozinheiro Raffaele Esposito, para preparar um prato especial. Esposito então serviu para a família real duas pizzas. Uma delas com queijo mussarela, tomate e manjericão, foi a preferida da rainha e por isso ganhou seu nome: marguerita.

E foi justamente em Nápoles, que foi inaugurada a primeira pizzaria do mundo, em 1830, a Port’ Alba. Já no Brasil, em 1910, o pizzaiolo Carmino Corvino abriu a primeira pizzaria em São Paulo: Cantina Santa Genoveva, no bairro do Brás.

As pizzas mais consumidas em algumas cidades brasileiras

São Paulo
1. Muçarela
2. Calabresa
3. Portuguesa e frango com catupiry
Porto Alegre
1. Calabresa
2. Portuguesa
3. Coração de galinha, napolitana e marguerita
Rio de Janeiro
1. Calabresa
2. Marguerita
3. Portuguesa
Belo Horizonte
1. Marguerita
2. Frango com catupiry
3. Calabresa
Salvador
1. Portuguesa
2. Frango com catupiry
3. Marguerita ou calabresa
Curiosidade: origem da expressão “tudo acaba em pizza”

A famosa expressão “tudo acaba em pizza” surgiu de outra paixão brasileira: o futebol.
Na década de 60, uma longa reunião e discussão calorosa na diretoria do Palmeiras, time que teve origem na colônia italiana paulistana, acabou num pedido de 18 pizzas em uma pizzaria no Brás.
No outro dia, o jornalista Milton Peruzzi, que acompanhou a reunião, publicou uma matéria na Gazeta Esportiva com o título “Crise do Palmeiras termina em pizza”. A partir de então, a expressão popularizou-se e passou a ser usada como um sinônimo de uma situação não solucionada.